21 de fevereiro de 2006

METRÓPOLE



São Paulo de ruas e esquinas
De praças e bancos
De pensamentos distantes
De pressa incessante


São Paulo que já teve sua garoa na tarde
Cidade de concreto reto...
cidade que vê o dia atropelando o tempo
tropeçando na sua própria agonia...

Cidade dos poetas que não adormecem...
pelas ruas insistem em contrariar a poesia dos dias
Buscam rimas para esta realidade sombria...
buscam versos para esta selva de pedra que se perde em si!

Cidade que vê o tempo passar sem envelhecer
Cidade do novo _ do moderno
Das velhas lembranças rasgadas _ abandonadasem
velhos baús do centro velho!

Metrópole que desafia os pés daqueles que te descobrem...
o amor é a fantasia das tuas ruas _ desnudas de almas
vestidas de seres desalmados...

São Paulo _ cidade
Cidade de ruas sem fim...
de passos _ e passos _ e passos _ e mais passos!
Cidade de destino desequilibrado...
e dança o palhaço na corda bamba
Porque o circo esta montado...

São Paulo _ sinfonia sem acordes
De sons _ e mais sons _ e mais sons...
que se misturam e se confundem e se fazem ser
se fazem ser uma cidade!

Cidade de gente perdida _ desiludida...
gente que batalha _ gente que persegue sonhos
gente que semeia desilusão _ gente que sente _ que chora
Gente que espera por um novo amanhã...


Luna Guedes - poeta, escritora paulistana
Me enviou gentilmente esse poema que é uma declaração de amor a São Paulo
Para conhecer mais Luna visite o endereço A Casa da Poeta

Um comentário:

Lunna Guedes disse...

Boa noite Marli..
Tudo bem com você?
Bem, assim que eu recebi o seu recado lá no blog da Casa da Poeta vim visitar o Varal de Poesia.
Adorei!!!
A Imagem parece um retrato do poema. Obrigada por tratá-lo com tanto carinho, me sinto muito felz e honrada por isso.
Beijos enaltecidos e sinceros, afinal, você sabe que um poema é como um filho, bem, ao menos é assim que sinto.
Agora, vou conhecer as outras palavras...