14 de janeiro de 2016

Síndrome de Drácula




na sala de estar
pálida
Fraulein  me fita
lírica




ávido

miro seu pescoço
gótico



épica
a valquíria espreita-me
gélida



cético
duvido do seu acento
bávaro



etílico
antevejo uma noitada
homérica



na  atmosfera lúgubre
a metamorfose lógica
)de súbito escondo os dentes(



lânguido
esboço um gesto 
fálico



cai a madrugada
cálida
(bocejos)



caem os véus
de nossos corpos tépidos
no  lúbrico leito



mãos sôfregas
tateiam um peito
flácido


línguas se enroscam
   tácitas



lá fora
a manhã desponta
trágica


Por Sergio Massagli

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trágica

6 comentários:

Xúnior Matraga disse...

Versos fantásticos! A brincadeira com as proparoxítonas traz um ritmo incrível ao poema, cadenciado e forte! Perfeito!

Parabéns!

Unknown disse...

Maravilhoso!

NÓS DOIS disse...

Versos fantasticos!

Unknown disse...

Que linda!

Lea Desvarios disse...

Rebuscado!

NÓS DOIS disse...

lindos versos! Parabéns!