28 de abril de 2016

O (Terno) Fato






Eu queria ser verdadeiramente bom,
Queria soar como o mais cristalino som,
Queria amar e compreender a humanidade,
Não queria sentir revolta pela sua insanidade.


Mas, Deus, ou seja o que for,
Não me vestiu só com as roupas do amor,
Vestiu-me um (terno) fato muito sovado,
Com a gola polida e um cotovelo rasgado.


Em vão o remendo e sacudo,
Mas não o escondo debaixo de um sobretudo,
E ser este simples, mas orgulhoso acto,
É como se vestisse um novo (terno) fato.

OBS:"Considerei necessário utilizar as duas diferentes palavras que representam o mesmo conceito, em Portugal e no Brasil, senão corria o risco da ideia se perder. " Jose Baptista

Lisboa, 12 de Abril de 2015.
José Baptista
 

2 comentários:

Anderson Serevincis disse...

Maravilhosa poesia...

3/3 disse...

Linda...