27 de março de 2016

Ressuscitar





Perto dos sonhos, os pesadelos são mais fortes
Perto dos fortes, os fracos são mais unidos
Antes da ferida vem o corte
Para achar-se é preciso estar perdido.
O corte, o sangue, a morte
O bálsamo, a cura, a vida
Da vontade ao sonho
Do sonho ao plano
Do plano ao ato
Do ato ao fato
E o fato?
Engano ou sorte?
Ferida ou morte?
Cura ou corte?
De fato,
O que nos mantém vivos é a capacidade de recomeçar,
Sonhar outra vez, sangrar e curar
Após cada engano, cada anoitecer
Apesar da insensatez
Ressuscitar.


 Edinei Lisboa da Silva
O poema faz parte do livro Poesia , Prosa e Canção
Conheça mais do autor  visitando o Blog  do Argonauta
 

5 comentários:

NÓS DOIS disse...

Após cada corte...cada gota de sangue vertida...começa uma nova vida..
que nos faz mais fortes no caminho.

Gostei!Poema intenso.
Abraço!

Marco Aurélio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marco Aurélio disse...

No meu dia-a-dia, vejo gotas de sangue sendo derramadas paralelamente ao desejo de viver, entretanto, outras caem sobre o solo nutridas pelo desejo de encontrar outra vida.

Realmente um poema muito intenso, abraços!

Edinei Lisboa disse...

Muito obrigado pela parceria, é uma honra fazer parte do Varal de Poesia. Conte sempre comigo. Grande abraço.

Anônimo disse...

Excelente poema