No dia em que a dor triunfou,
Pela Terra inteira ecoou,
Um cântico fúnebre e disforme,
E nesse dia apareceu a fome.
Agora, do outro lado do mar,
Entre os povos negros africanos,
Está a fera novamente a saciar,
O terrível apetite que sente por seres humanos.
O vento que antes trazia o som de risos e alegria,
Traz agora o som de dor e agonia,
Num trágico instante a vida humana submergiu,
E a partir desse momento, nada mais chegou, nada mais se ouviu.
Fez-se um silêncio imenso,
Pois a fome tudo cala,
E tudo o que faço ou penso,
É nada, a semelhante escala.
Lisboa, 12 de Junho de 2015.
José Baptista
6 comentários:
incrivel...a mais pura verdade!
permita-me apresentar-me!
Maurício Marini...muito prazer...
Bom dia Marli.
Um poema dorido, uma constatação verdadeira que nos faz refletir sobre a nossa atuação, o nosso descaso.
Estou visitando o blog pela primeira vez, gostei muito. Amo poesias.
Um grande abraço.
Bom dia Marli.
Um poema dorido, uma constatação verdadeira que nos faz refletir sobre a nossa atuação, o nosso descaso.
Estou visitando o blog pela primeira vez, gostei muito. Amo poesias.
Um grande abraço.
Buscando por poesias deparei-me com esta sobre a fome. Linda! Parabéns!
Lindíssimo poema de José Baptista. Sensibiliza, e muito. Parabéns!
chorei com seu poema...
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