7 de janeiro de 2016

Metapoema


Vence quem cala
Porque o silêncio é bala
não calma
O silêncio é o barulho da alma
Ave-santa
Graça
Não há verso que se faça
poesia que se cria
arte que nasça
sem esse grito de dentro
ecoado e atento
buscando a luz
Não há poesia feita antes, nem depois
Poesia é agora, instante
Não escrevo aos outros,
mas pelos outros,
através deles
Versos se criam no ninho da observação
Silêncio, mansidão
Do que há em mim, mas oculta-se...
do que sobra.
Se não escrevo aos outros,
escrevo dos outros o que me falta,
o que me salta
Meu verso é isto: ou é falta, ou é sobra.
Intenção.

Por  Xúnior Matraga

Leia mais poemas do autor em O Calulo e a Larva

7 comentários:

Xúnior Matraga disse...

Tamanha lisonja poder encontrar um pedacinho do casulo em teu varal! "Há braços"

Maurício disse...

Que orgulho, meu amigo, de ver o seu poema postado em outro blog. Realmente concordo com seus versos, e escrevo também através de tudo, nunca sobre tudo! Talvez até sobre o nada. Penso que "do nada" surgem as inspirações, "do nada" eu sou filho, sou Neto! "Do nada" o conheci, e minha escrita acende, e ascende de maneira excepcional! "Do nada", sempre do nada. No budismo se fala, "Tudo é Nada, e Nada é Tudo"! Assim falando tudo, me despeço com um enorme nada. E quando me falar obrigado, irei responder: - "de nada!"
Como digo sobre meus elogios, os piores são sempre com xingo!
Esse poema é do cara.....
Você é um poema fod......
Parabéns amigo!
E a arte ficou muito legal, "varal de poemas!"
Obs: e não é que deu poema de novo!
Uma pequena propaganda do que escrevo:
www.senhorjotaneto.blogspot.com.br

Maurício disse...

Ps: os melhores elogios são com os piores xingos! Errei na escrita! Por pouco, por "quase nada", escrevo certo!

Marli Fiorentin disse...

Maurício!

Que bom essa rede que vai criando nós de afetos e encontros. Vou visitar o teu cantinho. Abraço!

Izabela disse...

Que lindo...
acesse o meu poema

Izabela disse...

http://sauevida.blogspot.com.br/2016/01/quero-uma-vida.html?m=1

Izabela disse...

Que lindo...
acesse o meu poema