26 de maio de 2016

Sociedade das Nações



O mundo é por vezes uma casa de loucos,
Onde vem um louco e diz que é diferente,
Mas como é louco, também não sabe que mente.


Assim se tem escrito uma parte da História da Humanidade,
Com discursos eloquentes de loucos assassinos,
Sobre a sua estranha sanidade.


Se neste manicómio político somos todos iguais,
Por que é que alguns são os líderes?
Ah! Porque o povo acredita em seres humanos providenciais.


Continuamos a entregar o Poder a reis, imperadores, presidentes,
Ditadores, profetas, homens santos, pregadores e falsos crentes,
Que decretam guerras, travam batalhas e assinam armistícios,
Constroem campos de morte e prendem os opositores nos hospícios.


Continuamos a matar em nome de sistemas políticos e religiões,
E a nova Roma, mais uma vez, manda marchar as suas legiões,
Para salvar-se o mundo das garras do terrorismo,
Esquecem-se as muitas vítimas de um cruel capitalismo.


A Sociedade das Nações é ainda uma casa desabitada,
É ainda uma promessa adiada,
E a Guerra é uma epidemia viral,
Que impede o caminho do Homem para a Paz universal.



Lisboa, 17 de Julho de 2015.
José Baptista

5 comentários:

artista sem pena disse...

Muita verdade e boa poesia por aqui!

Ana Maria Cordeiro disse...

Somos definitivamente loucos, por suportar viver num mundo tão maluco.

Unknown disse...

A cada dia que passa vejo que o mundo está ficando cada vez mais louco.Parabéns pela escrita,se puder visite meu novo site : pipocando3.webnode.com
Espero que goste
Um grande abraço

Luciano disse...

Muito bom

Luciano disse...

Muito bom